segunda-feira, 19 de abril de 2010

DA ARTE DE NÃO FAZER NADA
Para Manoel de Barros

Acordei chovendo, dia feio e cinzento,
por dentro.
Lá fora, o céu azul e o sol quente
convidavam a passear.

Uma dor me doía nem sei onde,
vontade de nada fazer,
ninguém encontrar,
nem rir, nem falar, nenhum prazer.

A alma dorme e o sentimento se esconde.
Súbito uma luz se acende devagar,
fraquinha, no fundo do pensamento.

Antes que se apague,
pego um papel e começo a escrever,
mesmo sem nada a dizer.

5 comentários:

  1. Lindo...sem comentários...simlesmente lindo...

    ResponderExcluir
  2. GOSTO MUITO DOS SEUS POEMAS,
    SIMPLES E BELOS!!
    UM ABRAÇO ,CARMINHA.

    ResponderExcluir
  3. POEMAS,
    PALAVRAS...
    OBSERVAÇÕES,

    EMOÇÕES QUE NASCEM DA ALMA
    DAS SENSAÇÕES ,
    DO CORAÇÃO!!!

    ResponderExcluir
  4. Sylvinha, obrigada por me dar de presente o seu blog, permitir que eu acompanhe o seu olhar que enxerga, e os dias em que você acorda chovendo e com vontade de nada fazer...Poesia é vida, é sentimento, é dor e alegria... e de vida e sentimento você conhece muito bem.Obrigada. Já sou sua seguidora. Beijos, muitos da amiga Teresa.

    ResponderExcluir